sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Indie Game: The Movie (2012)



Indie Game é um documentário no mínimo inspirador. Procura retractar as regalias e as dificuldades que um criador independente carrega. Seja este um criador de videojogos, objecto de estudo do documentário, seja um criador de qualquer outra forma de arte. E aqui a “forma de arte” será um dos pontos essenciais para compreender os valores entregues nesta obra. Aqui o criador é um artista, no sentido mais lato da palavra, é ele que concebe a ideia, desenha e constrói o mundo da sua personagem e entrega uma obra de arte para o mundo avaliar e, neste caso, jogar.

Acompanhamos as últimas fases de desenvolvimento de três dos maiores jogos indie de sempre. SuperMeat Boy, Braid e FEZ. E compreendemos as grandes diferenças entre estes jogos e os grandes jogos de prateleira das grandes produtoras. Diferenças óbvias que começam no próprio motivo e razão de existência dos videojogos e que acabam nos acessos à distribuição. Estes criadores têm coisas perceptíveis em comum mas a mais saliente será a justificação para a existência da sua concepção. Todos justificam o desenvolvimento dos videojogos como forma de expressão. Como forma de arte e como escape para os problemas que os afectam. Sinceramente não acredito que nada disso aconteça nas grandes produtoras e equipas de criadores. Não acredito que nas equipas de mais de mil programadores e designers todos compreendam a real razão de existência do jogo que estão a desenvolver. Se é que há alguma para além do lucro.


Indie Game é inspirador porque representa exemplos de pessoas que recusam exercer cargos em empresas em que provavelmente seriam notáveis em detrimento de liberdade e de entrega aos valores que acreditam. É a declaração dos videojogos como forma de arte e de expressão.


“My whole career has been me, trying to find new ways to communicate with people, because I desperately want to communicate with people, but I don't want the messy interaction of having to make friends and talk to people, because I probably don't like them.” – Edmund McMillen


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